QUANTO CUSTA UM SONHO?

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ILHEUS-BA

sábado, 7 de novembro de 2009

QUE SAUDADE DA ARUANÃ!

Quando faço minha caminhada diária até busco novas paisagens, mas ai verifico o quanto nos faltam o básico, mas tão necessários espaços que fazem bem à vida humana e à saúde. À vida dos cidadãos de nossa cidade principalmente.E são nesses momentos que sinto falta da ARUANÃ e o do Professor Ademário que de forma aguerrida e desprendida de qualquer beneficio próprio enfrentava os depredadores da fauna e flora de nosso município.
E agora quem toma nas mãos as rédeas da carruagem dos que guerreiam pela fauna e flora de nosso município? Cadê a ARUANÂ?
São poucos os espaços aqui existentes. Quando começo a subir a Avenida Elmo Serejo, olho para os lados e só vejo as formas degradantes da destruição de mananciais, a começar ali naquela pequena queda d”água que tem entrando na área da Irmã Dulce e também na Coroa da Lagoa ou Cesar Borges como queiram”. Em seguida quase tropeço no lixo e nos restos de construção largados pelas calçadas, subo mais um pouco e me deparo com um aterro que certamente é clandestino ali ao lado do ginásio de esportes. E por ai vai Simões Filho resistindo ao tempo e à adversidade, à politicagem dos maus políticos, ao abandono do poder público, à falta de cuidado dos habitantes com o asseio da cidade.
No Cia não são poucos os desmandos, com desmatamento ilegal, aterro de mananciais e cadeiras e mesas de bares e restaurantes invadindo os espaços públicos dos pobres caminhantes que como eu insistem toda manhã em buscar melhor saúde, na entrada da pitanguinha nem se fala, pois o mau cheiro tomou conta da antiga lagoa que agora é rodeada de uma invasão, isso me faz lembrar do triste tanque do Coronel que outrora um candidato a vereador doou os seus derredores pensando em se eleger e nem se importando com o meio ambiente. Quando volto vejo a que a Praça da Bandeira foi transformada em um espaço árido, de gosto duvidoso e cheio de concreto. A Fonte luminosa se foi, está fazendo pena, e ninguém me contou, eu mesmo vi ontem à noite os funcionários da prefeitura cortando algumas poucas árvores que sobrou, e por onde a ARUANÂ pra nos socorrer com seus gritos de alerta!.
Fico aqui a cismar. Pensar que aqui nunca existiu, desde a sua fundação, preocupação com meio ambiente. O professor Ademario que tanto se preocupava com as plantas e árvores que nos amenizam o calor,por onde será que ele anda com sua ARUANÃ?E os pássaros por onde andam?. É conveniente lembrar que a nossa cidade está situada entre tanto verde. Foi inaugurada como Muriqueira e virou Água comprida, depois recebendo o nome de cidade Simões Filho e vem perdurando até hoje.
Nossa cidade está se expandindo desordenadamente em direção a todos os lados,existe algum projeto por acaso, de parques e jardins? Gostaria de obter resposta para esta pergunta...mas por enquanto continuo caminhando...pois esta já é outra história.

Um comentário:

  1. Deus seja louvado, amigo Adem!

    Ainda estou por aqui. O mesmo que fizeram com a árvore-toco-broto ARUANÃ tentaram e ainda tentam fazer o mesmo comigo. Hibernei. Viajei por dezenas de municíos semeando por lá o mesmo que fizemos aqui desde 1979... Mas, de tempos em tempos "a máquina mercante manda a manobra", "jogam a roseira para lá" e o mar vermelho se torna mais inescrupuloso e aí se assomam da cidade a desCidade, a infelizCidade que vai desde o lixo, ausências de acessos aos pedestres, as praças de "jeito duvidoso", o assoreamento dos rios, as podas e desmates criminosas, as aves de rapina oportunistas que só aprecem quando a seara está farta... e assim caminhamos...

    Haverá um tempo que seja só de perdedera em que as praças voltem a ter e a ser espaços de convivio e conforto civilizados e que não tenhamos vergonha e indignação de trazer até elas - as famílais, amigos, bem-quereres, saraus, visitantes e, as nossas crianças!

    Enfim, repitamos com Gonzaguinha:
    "Houve um dia aqui uma praça ...
    ... Digo de fresca memória que não aqui não havia Do medo este cheiro..."
    (Gonzaguinha)

    Seu amigo,

    AR

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