VELHA
MANEIRA
Meu
cuidado com a natureza é da mais velha maneira,
Embalando
sementes na terra e as
espalhando
ao vento,
Abrindo
cova e plantando em toda terra nua que vejo,
Dessa
maneira semeio o verde e refresco meu pensamento.
.
Arvore
crescida nos seus galhos os passarinhos cantiga me traz
Eles
formam a orquestra afinada nos quitais e calçadas da minha rua,
Entre
a folhagem se destacam as flores nas suas mais variadas cores
Cada
uma vestindo o vestido mais belo para a note dançar com a lua.
.
Tem
graviola, jaboticaba, pitanga e acerola que com seus frutos atrai,
Tambem
tem romã,banana e abobra que de grande me chama a atenção.
Nas
galhas dos coqueiros os macaquinhos ligeiros pula, puça e não cai,
Os
gatos ficam babando doidinhos que algum escorregue e caia no chão.
.
Já
pensei até em plantar um pequeno parreiral da mais fina
uva
Pois
agora já sei que ela se acostuma até mesmo lá no mais quente
sertão,
Não
posse esquecer dos sabiás em bando ao nascer do sol cantando
feliz,
E
ao cair da tarde os periquitos que passam voando parecendo aluvião.
.
Quando
chega a noite vem com ela a escuridão navegando na sua nau,
Ai
eu meu lembro das historias que recostada na varanda a minha avó
contava
Com
a
mais sábia habilidade enfeitava as alegorias que ela mesma criava
Mula
sem cabeça, Tapetes voadores, Grilo falante, tudo na mente ela
fabricava.
Desde
menino venho cuidando da natureza desta minha
velha maneira,
As
plantas das mais variadas sempre foram minhas companheiras
de infância.
Plantar
arvores no tempo de escola era atividade das mais corriqueiras
Encerro
esse mote dizendo que o verde me alegra desde o tempo de criança.
A.S.Drumond







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